Nos últimos dias, o estado da Bahia foi palco de pelo menos cinco invasões de terra promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Essa onda de invasões de terras, que inclui também propriedades produtivas, tem gerado preocupação e reações de autoridades e da sociedade civil.
Segundo dados divulgados pelo senador Magno Malta, em sua conta no Instagram, as invasões de terras têm sido uma prática recorrente no Brasil nas últimas décadas. Durante os mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, foram registradas 2.442 invasões. Já nos governos do ex-presidente Lula, que apoiou abertamente o MST, esse número foi reduzido para 1.968. Sob o governo de Dilma Rousseff, também do PT, foram registradas 969 ações do movimento.
No entanto, nos últimos anos, esse número tem diminuído significativamente. Sob o governo de Michel Temer, foram registrados apenas 54 casos de invasões de terras. Já nos três anos de governo do atual presidente, Jair Bolsonaro, foram registrados apenas 14 casos.
A retomada das invasões de terras pelo MST tem gerado uma série de debates e discussões em todo o país. Para o movimento, a ação é necessária para pressionar o governo a promover uma reforma agrária efetiva e garantir o acesso à terra para os trabalhadores rurais. No entanto, para muitos setores da sociedade, a invasão de propriedades privadas é ilegal e representa uma ameaça à segurança e à estabilidade do país.
Além disso, as invasões de terras produtivas têm gerado prejuízos para os produtores rurais, que veem suas plantações e colheitas serem destruídas pelos invasores. Isso pode ter um impacto direto na produção de alimentos e na economia do país.
O governo federal tem se posicionado contra as invasões de terras e defendido o direito à propriedade privada. No entanto, a questão da reforma agrária e do acesso à terra para os trabalhadores rurais continua sendo um tema sensível e controverso no Brasil. Enquanto isso, as invasões de terras seguem acontecendo e gerando preocupação em todo o país.